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A carta de apoio antes do GRENAL.

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É coloradagem, após o GRENAL de ontem muita coisa poderia ser dita sobre o jogo, sobre o olímpico, sobre as declarações do Odone, enfim. Vou seguir a filosofia do blog e falar sobre o Inter.

No sábado (01/12) sai uma matéria no globoesporte.com com a seguinte manchete: “Torcida ‘visita’ o CT e conversa com Davi por mais ingressos no Gre-Nal”

Luciano Davi conversa com a torcida do Inter (Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)

Luciano Davi conversa com a torcida do Inter (Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)

Na verdade, os torcedores foram para dar um incentivo final aos jogadores e entregaram 22 cartas a liderança do grupo, D’Alessandro.

Confira abaixo o conteúdo desta carta de apoio.

O que é um GRENAL?

Para muitos, só um clássico. Para grande parte do país, a maior rivalidade do Brasil. Para rankings específicos, uma das grandes rivalidades globais. Para nós, muito mais que isso.

Somos um clube fundado por negros, brancos, estrangeiros, brasileiros, gaúchos, paulistas, cariocas e que acima de tudo, foram recusados nos quadros do rival. Recusados porque o rival fundado por alemães, por mais de 50 anos não abriu suas portas aos negros… Por mais de 20 anos não abrigava estrangeiros. E contrários a esse pensamento elitista, arrogante e preconceituoso, fundamos o nosso próprio clube.

Um clube que representa o povo de Porto Alegre e o povo do Rio Grande do Sul. Um clube que venceu tudo e todos. Um clube que hoje possui uma infraestrutura de dar inveja à qualquer esquadra europeia. Um clube que pode encher a boca pra dizer que é Campeão de Tudo.

Todavia, pelo menos duas vezes por ano nós nos encontramos com o eterno rival, arrogante, prepotente e que continua nos chamando de macacos. O grande encontro sempre se dá na casa deles. Dentro do território em que eles são maioria e cantam contra nós, no território em que eles continuam propagando xingamentos racistas e cantos arrogantes.

Quando o jogo é na casa deles, nos reunimos quase 8 horas antes do apito inicial. Dormimos cedo já pensando no outro dia. Acordamos cedo, armamos um churrasco, vamos para o Beira-Rio e esperamos o momento de ir caminhando até o Olímpico. A tradição não muda… Para muitos, o clássico começa um mês antes. Para alguns, nunca termina. A única certeza é que a tradição não muda.

Tradição que começou com um 6×2 de inauguração, com quatro gols de Larry, ídolo eterno do nosso clube. Canhotinho e Jerônimo marcaram os outros gols, nomes que também estão na história. Aquele time formou com: Milton, Florindo, Lindoberto, Oreco, Salvador, Odorico, Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Canhotinho. Deu um show de abertura dentro do território rival. Um banho de bola…

E depois disso, todo ano seguimos para lá, com a esperança de ver nosso time vencer e entrar pra história. O resultado realmente não importa, se o time se esforça, luta e batalha, fazemos um eterno carnaval na casa do adversário. Não podemos esquecer de quanto apoiamos jogadores que estavam nesse grupo na virada do Gaúchão passado, quando com dois gols de desvantagem continuávamos apoiando porque sabíamos que a luta continuava em campo. E a luta é o espírito do Sport Club Internacional… Desde o primeiro dia. Essa luta e essa festa, nos levaram ao título, nos pênaltis, pra história, afinal, é o último título levantado dentro do eterno salão de festas. Renan, Nei, Bolatti, D’Alessandro, Oscar, Zé Roberto, Leandro Damião e Kléber. Como esquecer dos heróis daquela batalha nos pênaltis? Mas também têm todo o restante do grupo, muitos que entraram em campo como o Índio, Bolívar, Moledo, Andrézinho, Ricardo Goulart, Guiñazú, Wilson Mathias, Lauro, Glaydson e Juan. E claro, sem esquecer do Falcão.

A cada clássico fora de casa, a história se repete. Acordamos cedo, enchemos nosso coração de esperança e vamos apoiar incondicionalmente aqueles que nos representam. Foi assim também no 5×2, com show do Fabiano, André, Sandoval e Christian. O Roth era o técnico…

E agora, chegará a última ida ao Olímpico. A caminhada repleta de colorados até a Azenha. A última vez que iremos lá dentro provar que o clube que nasceu da exclusão e arrogância deles, é muito maior do que um dia eles imaginaram. Que hoje, somos modelo e multi campeões enquanto o rival arca anos de seca, crise e desespero.

Pela última vez vamos entrar lá, apoiar os 90 minutos nossos guerreiros e torcer para fechar a festa como começamos, com uma vitória sonora aos olhos incrédulos dos rivais.
Nosso apoio será incondicional, assim como esperamos que a vontade de vocês de entrar pra história do clube seja incondicional.

Não nos importamos com uma temporada ruim, uma sequência de derrotas aqui e outra ali. Nós nos importamos com a história do Sport Club Internacional. Se a imprensa ou alguma parte da torcida crítica em excesso, são apenas uma pequena parcela do clube, afinal, essa instituição tomou proporções que nunca se imaginaria. Hoje agrega quase 10 milhões de torcedores ao redor do mundo, mais de 100 mil sócios, estando muito além de Porto Alegre. O núcleo da torcida e do clube, está sempre com vocês. Sejam torcedores uniformizados, torcedores comuns, sócios antigos, diretores ou funcionários do clube. Quem segue o Inter à todo lado, continuará apoiando apesar de tudo. E nesse último jogo do Olímpico, lembrem-se.

Pela última vez entraremos no estádio que mais nos deu alegrias. No estádio que foi inaugurado e batizado pelo INTER. Só queremos fechá-lo da mesma maneira. Vale mais que um título nacional, vale mais que sair de uma crise.

VALE A HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO.

Que dia 02, comemoremos todos juntos. Nós não podemos entrar em campo, portanto, apoiaremos incondicionalmente vocês que entrarão.

Pra cima deles.

Ass. Torcedor de arquibancada 2por5

@carlospcmunoz



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